
Essa manhã chuvosa, céu nublado, ouvindo Saudade da Chiquinha Gonzaga, esse piano aqui nos meus ouvidos, o mundo acontecendo ali de fora da janela... a árvore que fica aqui na minha frente, embaçada, balança suas folhas, dançando no ritmo de toda essa Saudade que também é minha. Aquele gosto de querer mais, aquela expressão única, aquele sorriso que sai de canto, aperta as covinhas e enxe os olhos de sonhos... sonhos e sonhos... regar o vaso de flor adianta e muito, talvez aquela flor que parece morta, só precisa mesmo é de novos sonhos, nova motivação! Ao som. Embalados por aquele nosso som, aquele que canta tantas lembranças, tanta vida. Aquela flor, a semente de girassol, e o papel verde escrito primeiras palavras de paixão. O leite das crianças, o mar. E tudo começou de repente, não mais que de repente... não há como conter as lágrimas, é um choro de felicidade, um gozo de saudade, é deliciar-se de amor. Não existe chama... é movido pelas estrelas, num céu que é nosso, cúmplice e amigo. Hoje eu lembrei das estrelas, na época em que elas lançavam os versos pra gente se amar, 1 ano, sonho e saudade, expectativa e poesia. Acho um privilégio, nunca ouvi falar de estrelas amigas, que guardam uma história de amor tão grande assim. É tão bom amar, amar clichê num domingo chuvoso, domingo rodeado das crianças que enchem a gente de sonhos e amor puro. Eles sabem bem como deixar nossos corações apertadinhos. O amor nasceu hoje. Abril chega e invade a gente com tanta água... é só o começo...